quarta-feira, 19 de maio de 2010

CHEGAMOS AO FIM DA NOSSA VIAGEM...













No inicio do curso, entramos no Túnel do Tempo e iniciamos a nossa viagem pela HISTÓRIA DA CIÊNCIA...

Verificamos como tudo começou na Ciência Primitiva e como todos os povos e épocas contribuiram para as novas descobertas científicas no mundo e no Brasil.

Chegamos ao século XXI... cresce a sensação de que muita coisa foi deixada a margem na nossa viagem. Há, com certeza, necessidade de novas e muito mais prolongadas viagens...
Vimos como o homem acumulou o conhecimento durante os milênios que contemplamos.

Imagine como seria uma aula da história da ciência em uma comunidade de João-de-Barro. Os alunos aprenderiam que as técnicas de construção de suas casas são as mesmas usadas pelos seus ancestrais dos séculos passados.


Conhecimento + estudo + criatividade + trabalho + ... = NOVAS DESCOBERTAS

Queridos Alunos...
O semestre está acabando... a nossa viagem pelo túnel do tempo chega ao fim...

Mas as DESCOBERTAS SÃO ETERNAS...

...deixe "florescer" o CIENTISTA que há em você.....












...Viagem por este blog... post por post.... e recorde a nossa viagem pela História da Ciência.

... aprendemos muito.... e tivemos a oportunidade de ensinar também....


Deixe aqui o seu comentário ...




INVENTORES DO BRASIL





Alberto Santos Dumont

Alberto Santos Dumont (Palmira, 20 de julho de 1873 — Guarujá, 23 de julho de 1932) foi um engenheiro (apesar de não ter tido formação acadêmica nessa área[carece de fontes?]) e pioneiro da aviação. Santos Dumont foi o primeiro a decolar a bordo de um avião, impulsionado por um motor aeronáutico, apesar de alguns países considerarem os Irmãos Wright como os inventores do avião, por uma decolagem, catapultada, ocorrida em 17 de dezembro de 1903. Santos Dumont foi o primeiro a cumprir um circuito pré-estabelecido sob testemunho oficial de especialistas, jornalistas e da população parisiense. Em 23 de outubro de 1906, voou cerca de 60 metros e a uma altura de dois a três metros com seu 14 Bis, no Campo de Bagatelle em Paris. Menos de um mês depois, em 12 de novembro, repetiu o feito e, diante de uma multidão de testemunhas, percorreu 220 metros a uma altura de 6 metros. O vôo do 14-Bis foi o primeiro verificado pelo Aeroclube da França de um aparelho mais pesado que o ar na Europa, e possivelmente a primeira demonstração pública de um veículo levantando vôo por seus próprios meios, sem a necessidade de uma rampa para lançamento. O 14-Bis teve uma decolagem autopropelida, e por isso Santos Dumont é considerado por parte da comunidade científica e aeronáutica e principalmente em seu país de origem, o Brasil, como o Pai da Aviação. Herdeiro de uma família de cafeicultores prósperos na cidade de Ribeirão Preto; pôde se dedicar aos estudos da ciência e da mecânica vivendo em Paris. Ao contrário de outros aeronautas da época, deixava suas pesquisas como domínio público e sem registrar patentes. A casa onde nasceu Alberto Santos Dumont situa-se no município de Santos Dumont, zona da mata mineira, a 240 quilômetros de Belo Horizonte e 220 quilômetros do Rio de Janeiro. O local foi transformado no Museu de Cabangu. Também em Petrópolis existe o Museu Casa de Santos Dumont.







Júlio César Ribeiro de Sousa
(Acará, 13 de junho de 1843 — Belém, 14 de outubro de 1887) foi um inventor brasileiro reconhecido como pioneiro no desenvolvimento da dirigibilidade aérea. Professor, autor de uma gramática premiada, jornalista, funcionário público, diretor de Biblioteca Pública e secretário de Estado. Era tido como o príncipe dos poetas paraenses. Porém, foi como homem de ciência que deixou sua marca na história. Contribuições à ciência A grande contribuição de Júlio César Ribeiro de Sousa para a ciência foi o desenvolvimento das bases da dirigibilidade aérea e da aerodinâmica. Franceses e alemães, tomando como base as suas descobertas, deram continuidade ao desenvolvimento dos dirigíveis. Até que, em 19 de outubro de 1901, na França o brasileiro Alberto Santos Dumont contornou a Torre Eiffel em Paris a bordo de seu dirigível n.º 6 dominando finalmente a dirigibilidade no ar.







Dirigível Nº1 de Santos Dumont. Este formato aerodinâmico foi originalmente idealizado por Júlio César Ribeiro de Sousa.



Landell de Moura


Roberto Landell de Moura (Porto Alegre, 21 de janeiro de 1861 — Porto Alegre, 30 de junho de 1928) foi um padre católico e inventor brasileiro. É considerado um dos vários "pais" do rádio, no caso o pai brasileiro do Rádio. Foi pioneiro na transmissão da voz humana sem fio (radioemissão e telefonia por radio) antes mesmo que outros inventores tivessem transmitido sinais de telegrafia por rádio. Pelo seu pioneirismo o Padre Landell é o patrono dos radiomadores do Brasil. A Fundação Educacional Padre Landell de Moura foi assim batizada em sua homenagem, assim como o CPqD (Centro de Pesquisas e Desenvolvimento) criado pela Telebrás em 1976, foi batizado de "Roberto Landell de Moura".

Francisco Rodrigues Saturnino de Brito (Campos, 1864 — Pelotas, 1929) foi o engenheiro sanitarista que realizou alguns dos mais importantes estudos de saneamento básico e urbanismo em várias cidades do país, sendo considerado o "pioneiro da Engenharia Sanitária e Ambiental no Brasil". Seu invento mais conhecido foi o tanque fluxível, utilizado no Brasil e em toda a Europa no século XX, que foi batizado, após a sua morte, de tanque fluxível tipo Saturnino de Brito só abandonado depois da década de 1970 após a adoção da tensão trativa para o cálculo das redes de esgotos sanitários. Foi eleito pelo congresso da "Associação Brasileira de Engenharia Sanitária" e Ambiental, por unanimidade, como Patrono da Engenharia Sanitária Brasileira. Escreveu diversas obras técnicas de saneamento que foram adotadas na França, Inglaterra e Estados Unidos. Suas obras completas foram editadas, após o seu falecimento, pelo Instituto Nacional do Livro na Imprensa Nacional, e incluem, entre outros volumes, o "Saneamento de Santos", o "Saneamento de Campos", o "Saneamento de Pelotas e Rio Grande", o "Saneamento de Recife", "o Saneamento de Natal", "Controle de Enchentes" e o famoso livro "Le Tracé Sanitaire des Villes", editado na França. Foi fundador do Escritório Saturnino de Brito - que funcionou até 1978 quando da morte de seu filho e continuador da sua obra Francisco Rodrigues Saturnino de Brito Filho.

Urbano Ernesto Stumpf ( Rio Grande do Sul 1916 - ?1998 ) foi um engenheiro aeronáutico e inventor brasileiro. É tido como o " pai do motor a álcool ".
Formou-se engenheiro aeronáutico pelo ITA ( Instituto Tecnológico da Aeronáutica ). Iniciou seus estudos sobre a viabilidade do álcool como combustível nos anos 50 neste mesmo instituto. Trabalhou na Escola de Engenharia da USP, em São Carlos e a Universidade de Brasília entre outras. Graças a isto, divulgou suas idéias pelo meio acadêmico do Brasil. O motor Quando da primeira crise do petróleo em 1973, o CTA ( Centro Técnico Aeroespacial ), o incumbiu de realizar estudos técnicos sobre o etanol que permitiram que o governo mais tarde criasse o pró-álcool. Durante três anos, de 1973 a 1976, realizou experiências com diversos tipos de motores adaptando-os para o uso do álcool combustível. Nesta fase de experiências coordenou os trabalhos desenvolvidos por técnicos e engenheiros da Divisão de Motores do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento (IPD). Em 1975, apresentou os resultados de seus estudos ao presidente Ernesto Geisel fato que contribuiu decisivamente para que o governo brasileiro criasse um programa de substituição de combustíveis derivados de petróleo por álcool. Nesse mesmo ano, começa a circular o primeiro veículo movido a álcool ( um modelo Dodge ) e é criado o pró-álcool. A experiência definitiva Em 1976, é realizado o " circuito de integração nacional ". Uma experiência em que três carros ( um Dodge, um Fusca e um Gurgel Xavante ) movidos a álcool percorreram nove nove estados brasileiros totalizando oito mil e quinhentos quilômetros de distância. Finalmente o carro a álcool torna-se uma relidade. Divulgando o álcool Até o ano de 1982, o professor Urbano Ernesto Stumpf viajou por vários países do mundo divulgando as vantagens do etanol. Esteve na Áustria, Nova Zelândia, Alemanha, França e Estados Unidos participando de simpósios demonstrando a evolução do motor a álcool.
Homenagens A lei Nº 10.968, de 9 de Novembro de 2004, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula Da Silva, batiza o Aeroporto de São José dos Campos como " Aeroporto Professor Urbano Ernesto Stumpf ".

HISTÓRIA DA CIÊNCIA NO BRASIL













A História da Ciência no Brasil começou eficazmente somente nas primeiras décadas do século XIX, quando a família real portuguesa, dirigida por D. João VI, chegou em Rio de Janeiro, escapando-se da invasão do exército de Napoleão em 1807. Até então, o Brasil não era muito mais do que uma colônia pobre, sem universidades, mídias impressas, bibliotecas, museus, etc, em um contraste absoluto às colônias da Espanha, que tiveram universidades desde o século XVI. Esta era uma política deliberada do poder colonial português, porque temiam que aparecessem classes de brasileiros educados impulsionados pelo nacionalismo e outras aspirações para a independência política, porque tinha acontecido nos EUA e em diversas colônias espanholas da América latina. Algumas fracas tentativas de estabelecer a ciência no Brasil foram feitas em torno de 1783, com a expedição do naturalista português Alexandre Rodrigues, que foi emitido pelo ministro principal de Portugal, Marquês de Pombal, para explorar e identificar a fauna, a flora e a geologia brasileira. Suas coleções, entretanto, foram arruinadas na França, quando Napoleão invadiu, que estavam sendo transportadas para Paris por Étienne Geoffroy Saint-Hilaire. Em 1772, a primeira sociedade instruída, Sociedade Scientifica, foi fundada no Rio de Janeiro, mas durou somente até 1794. Também, em 1797, o primeiro instituto botânico foi fundado em Salvador, Bahia. O D. João VI incentivou todos os acontecimentos da civilização européia ao Brasil. Em um período curto (entre 1808 e 1810), o governo fundou a Academia Naval Real e a Academia Militar Real (ambas as escolas das forças armadas), a biblioteca nacional, os jardins botânicos reais, a Escola de Cirurgia da Bahia e a Escola de Anatomia, Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro.
Primeiro Império Após ser independente de Portugal, declaração feita pelo filho do rei, o D. Pedro I (quem se transformou primeiro Imperador do novo país), suas políticas a respeito mais altamente da aprendizagem, a ciência e a tecnologia vieram a uma paralisação relativa. Nas primeiras duas décadas do século, a ciência no Brasil foi realizada na maior parte por expedições científicas provisórias por naturalistas europeus, tais como Charles Darwin, Maximilian zu Wied-Neuwied, Carl von Martius, Johann Baptist von Spix, Alexander Humboldt, Augustin Saint-Hilaire, Baron Grigori Ivanovitch Langsdorff, Friedrich Sellow, Fritz Müller, Hermann von Ihering, Émil Goeldi e outros. Esta ciência era na maior parte, descrições da fantástica biodiversidade brasileira, de suas flora e fauna, e também suas geologia, geografia e antropologia, e até a criação do museu nacional, os espécimes foram removidas na maior parte às instituições européias. As expedições brasileiras eram raras, a mais significativa é a de Martim Francisco Ribeiro de Andrada e José Bonifácio de Andrada e Silva, em 1819. Na área educacional, as primeiras escolas de lei foram fundadas em 1827 em Recife e em São Paulo, mas pelas próximas décadas, a maioria dos advogados brasileiros estudou ainda em universidades européias, tais como a famosa universidade de Coimbra. [editar] Segundo Império As coisas começaram mudar após 1841, quando o filho o mais velho de D. Pedro I, Imperador D. Pedro II veio ao trono quando tinha 15 anos. Nos 50 anos seguintes, Brasil apreciou um monarquia constitucional estável. D. Pedro II era um monarca instruído que incentivava as artes, a literatura, a ciência e a tecnologia e tinha contatos internacionais extensivos nestas áreas. O suporte principal da ciência brasileira e do assento de seus primeiros laboratórios de pesquisa era o Museu Nacional do Brasil, no Rio de Janeiro, que existe até hoje. D. Pedro desenvolveu um interesse pessoal forte e selecionou e convidou muitas personalidades científicas européias respeitáveis, tais como von Ihering e Goeldi, para trabalhar no Brasil. E seus ministros e senadores assistiam freqüentemente a conferências científicas no museu. Lá, o primeiro laboratório do fisiologia foi fundado em 1880, sob João Baptista de Lacerda e Louis Couty.





Oswaldo Cruz

Oswaldo Gonçalves Cruz (São Luís do Paraitinga, 5 de agosto de 1872 — Petrópolis, 11 de fevereiro de 1917) foi um cientista, médico, bacteriologista, epidemiologista e sanitarista brasileiro. Foi o pioneiro no estudo das moléstias tropicais e da medicina experimental no Brasil. Fundou em 1900 o Instituto Soroterápico Nacional no bairro de Manguinhos, no Rio de Janeiro, transformado em Instituto Oswaldo Cruz e, hoje, respeitado internacionalmente.




Paulista, ingressou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1887, formando-se em 1892. Em 1896, estagiou no Instituto Pasteur, em Paris, onde foi discípulo de Émile Roux, seu diretor à época. Voltou ao Brasil em 1899 e organizou o combate ao surto de peste bubônica registrado em Santos (SP) e em outras cidades portuárias brasileiras. Demonstrou que a epidemia era incontrolável sem o emprego do soro adequado. Como a importação era demorada à época, propôs ao governo a instalação de um instituto para fabricá-lo. Foi então criado o Instituto Soroterápico Nacional (1900), cuja direção assumiu em 1902. Diretor-geral da Saúde Pública (1903), coordenou as campanhas de erradicação da febre amarela e da varíola, no Rio de Janeiro. Organizou os batalhões de "mata-mosquitos", encarregados de eliminar os focos dos insetos transmissores. Convenceu o presidente Rodrigues Alves a decretar a vacinação obrigatória, o que provocou a rebelião de populares e da Escola Militar (1904) contra o que consideram uma invasão de suas casas e uma vacinação forçada o que ficou conhecido como Revolta da Vacina. Premiado no Congresso Internacional de Higiene e Demografia, realizado em Berlim (1907), deixou a Saúde Pública (1909). Dirigiu a campanha de erradicação da febre amarela em Belém do Pará e estudou as condições sanitárias do vale do rio Amazonas e da região onde seria construída a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré. Em 1916, ajudou a fundar a Academia Brasileira de Ciências e, no mesmo ano, assumiu a prefeitura de Petrópolis. Doente, faleceu um ano depois, não tendo completado o seu mandato.

Carlos Justiniano Ribeiro Chagas






Carlos Justiniano Ribeiro Chagas (Oliveira, Minas Gerais, 9 de julho de 1879 — Rio de Janeiro, 8 de novembro de 1934) foi um médico sanitarista, cientista e bacteriologista brasileiro, que trabalhou como clínico e pesquisador. Atuante na saúde pública do Brasil, iniciou sua carreira no combate à malária, mas destacou-se ao descobrir o protozoário Trypanosoma cruzi (cujo nome foi uma homenagem ao seu amigo Oswaldo Cruz) e por ser o primeiro e o único cientista na história da medicina que descreveu completamente a doença que esse protozoário causa, a tripanossomíase americana, conhecida popularmente com o seu nome, doença de Chagas. Foi diversas vezes laureado com prêmios de instituições do mundo inteiro, sendo as principais como membro honorário da Academia Brasileira de Medicina e doutor honoris causa da Universidade de Harvard e Universidade de Paris. Também trabalhou no combate à leptospirose e às doenças venéreas, além de ter sido o segundo diretor do Instituto Oswaldo Cruz.

CIÊNCIA HOJE...

Rachel Rimas Ciência Hoje On-line 30/10/2007


Anotações digitais Caneta transfere o que o professor escreve na lousa durante a aula diretamente para um computador





A caneta Youpi! É capaz de transferir o texto escrito na lousa por um professor para um computador usado por alunos na sala de aula.
Você tem dificuldade para prestar atenção na aula e ao mesmo tempo copiar as anotações do professor?
Se depender de um dispositivo em desenvolvimento na Faculdade de Engenharia da Computação da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), isso não será mais um problema. Trata-se de um modelo de caneta capaz de transferir as anotações feitas pelo professor na lousa durante a aula para um computador, permitindo que as informações sejam repassadas posteriormente aos alunos.
Batizada de Youpi!, a caneta conta com sensores capazes de identificar sua localização no espaço. Esses sensores são dispostos em uma placa presa à caneta. Quando capta o movimento realizado pela caneta, o sensor envia o sinal para uma antena acoplada ao computador – que pode ser, por exemplo, um laptop usado por um estudante na própria sala de aula.
O sinal recebido pelo computador é armazenado digitalmente, interpretado e transformado texto, com a ajuda de programas especializados em reconhecer desenhos de letras.
“A caneta pode inclusive diferenciar letras de forma de letras cursivas”, destaca o aluno Gabriel Couto, que projetou a peça junto com os colegas de turma Édipo Aragão, Eric Ribeiro Mendes e Paulo Balbino, sob a orientação do professor Carlos Miguel Tobar. Antes de a caneta ser usada, porém, é necessário informar ao computador as coordenadas de posição da lousa, para que o sensor possa agir corretamente.
Transferir as anotações de uma lousa para o computador é a função mais comentada da caneta, mas ela também é capaz de atuar sobre superfícies diversas. Basta indicar a posição da superfície no espaço. Desse modo, ela poderá no futuro substituir o mouse ou ser usada para a criação de desenhos na própria tela do computador, o que seria muito útil para alunos de arquitetura, por exemplo.
“A Youpi! permite até fazer desenhos em três dimensões”, acrescenta Couto. Essa versatilidade é uma das vantagens do dispositivo. Segundo o orientador do projeto, uma de suas possíveis concorrentes no mercado precisa ser usada em uma superfície especial para que as anotações sejam transferidas para um computador. No começo, a Youpi! funcionava apenas transmitindo as informações para um computador instalado na sala de aula. Mas, a partir desse computador, pode-se usar métodos existentes para passar as informações para os computadores individuais dos alunos. Futuramente, os pesquisadores pretendem criar uma forma de acompanhar as anotações simultaneamente pela internet.
O projeto de construção da caneta foi desenvolvido entre fevereiro e julho de 2007. Agora, a equipe realiza alguns ajustes no protótipo.
“O sensor que usamos é muito sensível. Se houver aparelhos celulares no local ou se a escrita da pessoa for tremida, a transmissão do sinal é prejudicada”, diz Couto. Para superar essa dificuldade, os alunos estão trabalhando no isolamento de ruídos e em uma filtragem de sinais mais específica. O dispositivo, que chegou à semifinal do torneio Imagine Cup de 2007, organizado pela empresa Microsoft, está sendo patenteado pelos estudantes. Por enquanto, o projeto da caneta digital ainda não foi vendido a qualquer empresa do ramo tecnológico.
Os pesquisadores acreditam que, se produzida em larga escala, a caneta poderia custar aproximadamente R$ 150.

http://cienciahoje.uol.com.br/



Comente sobre as novas descobertas do século XXI.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Livro : A ERA DOS EXTREMOS









SÉCULO XX

... Olho pela janela do meu apartamento. A vista, com a qual ainda me acostumo, não é das mais confortáveis. Casas sem acabamento, alguns barracos, bares onde a população local supre sua necessidade de lazer. Crianças correm para cima e para baixo. Com um pouco de atenção pode se observar as escadinhas familiares: oito anos, sete anos, cinco anos, três, alguns meses. Movimentação normal de um bairro humilde, ou carente se preferirem; pessoas trabalhando, conversando na frente de suas casas, carros, entregadores de gás. Após observar as cenas cotidianas, entro e me pergunto: qual a relação entre o fato, a realidade, e a ciência a que me entrego? Quanto estamos próximos dela, e quanto somos honestos ao tratá-la? Claro que com um mínimo de responsabilidade jamais me atreveria a incorporar o juízo de algo ou de alguém: o ofício de historiador, apesar da impossível imparcialidade, não compreende o mister da sentença. Entretanto, com certo prazer, nos é permitido pequenas críticas ou até maldades. Mas o que pode um homem dizer sobre si mesmo? E sobre seu tempo? Homem e tempo se misturam, se amalgamam e fica difícil saber onde um principia e o outro termina. Se isto é minimamente real, quão honestos seremos em nossa própria avaliação?

Ao escrever A Era dos Extremos, o renomado historiador inglês Eric Hobsbawm enfrentou tais desafios, e para nós, leitores, resta a tarefa ainda mais ingrata do que a dele - a de, tendo testemunhado muito menos, avaliar a eficiência do autor na realização e execução do livro. O próprio Hobsbawm afirma no início da obra que durante muito tempo relutou em escrevê-la pois, sendo testemunha e participante dos eventos, sentia sua própria objetividade em xeque. Mesmo assim, chegou a hora em que a serpente histórica o venceu e materializou-se sua interpretação do que ele chamou de o "breve século XX".
A contribuição do autor como um todo é boa, pois por mais que se conteste atrás de cada página ainda está Eric Hobsbawm e todo seu nome e capacidade. A descrição dos eventos e dos fatos econômicos e sociais, a cultura do século XX, o surgimento de novos grupos sociais (como a juventude), o culto à personalidade, o imperialismo, o comunismo, etc. Eric J. Hobsbawn Enfim, mais uma vez o autor mostra seu brilhantismo e o incrível fôlego que lhe permite transitar pelas principais atividades humanas no século abordado, nas mais diversas regi›es do planeta. Contudo, não é a repetição do estilo que aqui nos interessa, mas dois frutos do balanço feito do historiador: o extremo e o saldo humano.
A princípio, a tentação pode levar o leitor a imaginar que os "extremos" referidos por Hobsbawm são os dois lados da bipolarização pela qual o mundo passou durante grande parte do século. A divisão do mundo em dois blocos, liderados pelas superpotências (EUA e URSS), entretanto, vale muito menos do que se imagina como metáfora dos extremos. Representa, antes de tudo, mais uma das faces extremadas que se colocaram à mostra no breve século. Acima dessa possibilidade residem diversas máscaras do que o autor chama de "extremo", e talvez a mais potente delas seja a violenta contraposição entre riqueza e miséria, progresso científico e barbárie humana.
O mesmo século que produziu riquezas enormes tratou de agrupá-las em estritos campos do globo, e mesmo nestes em poucas mãos. Por exemplo, vê-se a riqueza norte americana contrastando com a pobreza localizada na maioria das vezes ao sul do Equador. É igualmente válida a tentativa do autor em desmistificar o poderio do Tio Sam ao lembrar que nada é eterno, e que a participação dos EUA no total da produção mundial vem sendo gradualmente reduzido. Por outro lado, isto não se reflete em uma visão otimista do futuro por parte do autor. E é exatamente isto que nos leva ao próximo ponto de interesse neste texto.
Repetindo o discurso de Goethe em Fausto, a argumentação do historiador indica que o progresso científico e tecnológico não significou necessariamente a melhoria das relações humanas. O século da corrida espacial, da engenharia genética e de tantas outras maravilhas criadas pelo homem foi também o século da invenção das fórmulas da destruição em massa, do genocídio e da completa intolerância. Mesmo com tantos meios de comunicação para aproximar os homens, nunca estivemos tão distantes e impessoais: o outro se tornou um estranho. Ciência e tecnologia não produzem necessariamente bem-estar e fraternidade.
Mais do que nunca vale lembrar McLuhan: "Os homens criam as ferramentas e as ferramentas recriam os homens." O desenvolvimento destes campos não foi sequer capaz de erradicar a fome e a miséria, mesmo produzindo-se o suficiente para o triplo da população humana. Logo, a constatação do crime, por mais vergonhoso e duro que possa ser, recai sobre as relações entre os homens e não sobre sua capacidade produtiva.
Talvez Hobsbawm engrosse o coro do filósofo alemão Schopenhauer ao afirmar que o homem nada tem a se orgulhar, pois sua concepção do mundo é um pecado, sua vida é somente trabalho e a morte é a redenção. O saldo final é irônico: hoje somos muitos mais, vivemos muito mais e em lugares mais inóspitos, controlamos e somos capazes de prever os cataclismas. Mas ninguém responde: para quê vivemos mais? Possivelmente para produzir mais riquezas que obviamente irão parar em mãos alheias às nossas. E é exatamente neste ponto em que as primeiras questões levantadas passam a ser tornar um problema e não apenas divagações. O quanto um homem pode falar sobre si mesmo? E sobre seu tempo? Qual a dimensão e validade de alguém que avalia sua própria trajetória e a de sua geração? Era dos Extremos, Cia. das Letras Afinal, o perigo de pender para a auto-indulgência ou para a penalização é grande, para não dizer inevitável. Enquanto o trabalho de Hobsbawn transita pela descrição se torna impecável; contudo, é necessário resistir à tentação de repetir aos quatro ventos a bestialidade do século XX. E então retorno à cena inicial, da janela do meu apartamento. Entre tantas casas sem acabamento, onde a carência se mostra como resultado não só de um século que não soube distribuir suas conquistas, mas também de um país que exacerbou esta mácula, vê-se em um pequeno bar, mais um daqueles em que eventualmente se tem diversão e problema, o letreiro com o nome do estabelecimento: "Bar Nova Esperança". Longe de uma pieguice fácil e confortável o que há é o que nos salva de nós mesmos, é o que garante que apesar de toda bestialidade, intolerância e destruição, nós temos a incrível capacidade de ainda acreditar. Apesar da força da argumentação de Hobsbawm ainda é possível acreditar que, como sabe todo bom historiador a história não é uma peça que está completa, mas é escrita cena a cena, a cada dia, por cada um e por todos. O final, como diria Walter Benjamin, só se saberá no derradeiro dia da espécie humana e com ele o sentido de nossa trajetória.

Leia o livro: A ERA DOS EXTREMOS - O breve séc. XX - Cia das letras ( acervo - Biblioteca da Veris Faculdades)



SÉCULO XX

A CIÊNCIA FAZ MARAVILHAS...

"A ciência tem suas catedrais construídas pelo esforço de uns poucos arquitetos e de muitos trabalhadores". (G. N. Lewis)


A idéia de Quantização
Uma das mais revolucinárias criações da física, diferentemente das outras aqui relatadas, não é resultado de trabalhos experimentais, mas produto do desenvolvimento de trabalhos teóricos. A adoção da idéia de quantum ( palavra latina, que significa quantidade. O plural de quantum é quanta), representa uma significativa mudança na física.
Max Palnk ( 1858-1947),

físico alemão, fez em 1900 uma descoberta que determinou uma revolução em muitos campos da física e forçou uma mudança radical na descrição dos fenômenos.
Visite o site e saiba mais sobre Planck : http://ff8.sites.uol.com.br/


RELATIVIDADE: NOVA FORMA DE PENSAR ESPAÇO E TEMPO


ALBERT EINSTEIN ( 1879-1955).






Einstein é popularmente conhecido como o pai da teoria da relatividade, mas recebeu o Prêmio Nobel especialmente pela descoberta da lei do efeito fotoelétrico, fato pouco conhecido pelo grande público. Além dessas duas áreas de conhecimento, Einstein tem contribuições importantes em várias outras áreas da física. Seu primeiro artigo científico foi publicado em 1901, na Annalen der Physik, sobre as "conseqüências do efeito da capilaridade", um problema de termodinâmica. Continua nessa linha de trabalho até 1905, publicando dois artigos em 1902, um em 1903 e outro em 1904, todos na Annalen der Physik. Depois vêm os magníficos trabalhos de 1905, para muitos, o annus mirabilis da sua vida científica.
Visite o site: http://www.if.ufrgs.br/einstein/ e saiba mais sobre Einstein

O analista de nosso inconsciente
Sigmund Freud ( 1856-1939)







Freud, trouxe uma nova dimensão para a ciência: a partir dele, passou-se a considerar tanto o consciente quanto o inconsciente nas ações e acontecimentos humanos.
A ciência não é uma ilusão, mas seria uma ilusão acreditar que poderemos encontrar noutro lugar o que ela não nos pode dar. (Sigmund Freud)
Não posso imaginar que uma vida sem trabalho seja capaz de trazer qualquer espécie de conforto. A imaginação criadora e o trabalho para mim andam de mãos dadas; não retiro prazer de nenhuma outra coisa. Sigmund Freud
Biografia de Freud: http://fundamentosfreud.vilabol.uol.com.br/biografia.html


Em nossa viagem desde a ciência primitiva , acompanhamos as múltiplas criações da mente humana.

Agora chegamos no século XX.


Ocorreu no dia 16 de julho de 1969: o homem caminhou, pela primeira vez, na Lua.




Se considerarmos que quando começou o século XX o avião ainda era uma ficção, constatamos assim a aceleração do progresso científico nos últimos anos.

Quanta história medeia os muitos milênios decorridos entre o uso da vara como prolongamento da mão e o emprego do avião como um rápido meio de transporte?

Quantas criações engenhosas há nas poucas décadas que estão entre o primeiro vôo num meio de trasnporte mais pesado que o ar e as conquistas espaciais deste século?

O que você tem a dizer sobre essa aceleração dos acontecimentos???

A virada de século

Últimos anos do século XIX e primeiros do século XX.





... e a ciência determina quase uma nova maneira de viver...


1895 - Marco referencial para a análise. Em torno dessa data que houve na história da ciência uma guinada decisiva: algumas descobertas experimentais, ampliaram muito o conhecimento microscópico do mundo atômico.


QUATRO GRANDES DESCOBERTAS:
RAIO X, ELÉTRON, EFEITO ZEEMAN E RADIOATIVIDADE


O elétron, que em 1833 já fora prognosticado em um estudo de Faraday, ofereceu muitos desafios aos cientistas.

O francês J.B. Perrin (1870-1942)
que, em 1895, demonstrou que os raios catódicos eram partículas carregadas negativamente. EM 1899, J.J. Thomson, professor da Universidade de Cambridge, fez a determinação da carga e da massa de elétron, e R.A. Millikan, em 1910, aperfeiçoou a determinação da massa.

PIETER ZEEMAN (1865-1943)
Físico holandês nascido em Zonnemaire, pequena vila da ilha de Schouwen, Zeeland, físico alemão que observou o efeito dos campos magnéticos nas riscas espectrais dos átomos (1896) e, por essa descoberta ganhou o Prêmio Nobel da Física (1902), dividido com Hendrik Antoon Lorentz, efeito esse que se tornou conhecido como efeito de Zeeman. Filho do clérigo Catharinus Forandinus Zeeman e sua esposa, née Wilhelmina Worst, foi educado em Zierikzee e, depois, estudou clássico em Delft por dois anos. Entrou para a Universidade de Leyden (1885) onde estudou mecânica com Kamerlingh Onnes e física experimental com Hendrik Lorentz. Foi nomeado (1890) assistente de Lorentz, onde integrou a equipe de pesquisas sobre o efeito Kerr. Obteve seu doutorado (1893), e foi para Instituto F. Kohlrausch, em Estrasburgo, onde trabalhou um semestre com E. Cohn. Retornou a Leiden (1894) onde foi privaat-docent (1895-1897). Na Universidade de Leiden, orientado por seu professor Hendrick Lorentz, ele descobriu o efeito Zeeman, efeito do magnetismo sobre a luz, ou seja, quando um raio de luz de uma fonte colocada em um campo magnético é examinado espectroscopicamente, a linha espectral divide em vários componentes. Esta descoberta confirmou a teoria de Lorentz de radiação eletromagnética, e ajudou os físicos na investigação dos átomos, e os astrônomos na medição do campo magnético das estrelas e, por este feito, ambos dividiram o Nobel de Física (1902). Nomeado (1900) foi professor de física da Universidade de Amsterdã (1900-1935), passando a dirigir o seu Instituto de Física (1908). Casado (1895) com Johanna Elisabeth Lebret, o casal tinha três filhas e um filho, quando ele morreu em Amsterdã.

Os raios X, foram descobertos por Wilhelm Conrad Rontgen,
quando em 8 de novembro de 1895, trabalhava com um válvula de Hittorf, totalmente coberta por uma cartolina preta em uma sala escura. A certa distância havia uma folha de papel tratada com platinocianeto de bário e usada como tela, que inexplicavelmente começou a brilhar, com emissão de luz. Algo devia estar atingindo-a para que brilhasse. Rontgen, surpreso com o fenômeno, pôs-se a pesquisá-lo. Colocou vários objetos entre a válvula e a tela e todos pareciam transparentes. Quando acidentalmente, sua mão passou em frente à válvula, viu seus ossos na tela. Estava descoberta uma radiação desconhecida: os raios X.
Rontgen, repetiu as experiências e elaborou um relatório preliminar a Sociedade Físico-Médica de Wurzburg. A descoberta dos raios x logo causou comoção no mundo científico. Rontgen foi convidado a fazer conferências sobre sua descoberta em vários lugares, mas sempre recusou por falta de tempo, pois precisava encontrar explicáção para o fenômeno. Passaram-se dezesseis anos, até que os trabalhos de Max von Laue e de Friedrich e Knipping esclarecessem dúvidas a respeito dos raios X. Rontgen foi o primeiro laureado com o Prêmio Nobel de Física, em 1902.

A RADIOATIVIDADE foi, muito provavelmente, a mais revolucionária e mais emocionante descoberta do fim-de-século.

Século XIX - a Ciência se consolida

" Os filósofos limitaram-se a interpretar o mundo de diversas maneiras; o que importa é transformá-lo". (Marx)


O século XIX foi o grande período no qual a ciência se consolidou e realmente passou a definir marcas na caminhada da humanidade. Se, até então, o homem buscava, na ciência, respostas às suas interrogações sobre a natureza, a partir de agora a ciência não só passa a responder às interrogações, mas também, ao interferir na própria natureza, a determinar novas e melhores maneiras de viver. Uma época extraordinária - As idéias que marcaram o século XIX Para uma melhor compreensão dos movimentos literários da segunda metade do século XIX, Realismo e Naturalismo, é importante conhecer as idéias e teorias que impactaram de modo fundamental as obras dos escritores da época. Segue abaixo uma análise de três pensadores fundamentais do período: Charles Darwin, Augusto Comte e Karl Marx. CHARLES DARWIN Até o século XVIII, acreditava-se que o homem e todas as espécies existentes haviam sido criados assim como são e que não tinham sofrido nem poderiam podiam sofrer nenhuma transformação. Contudo, em1859, o cientista inglês Charles Darwin, filho de um pastor anglicano, após longas viagens, inclusive pela América do Sul, observando e refletindo sobre o universo dos seres vivos deu início a uma profunda revolução na história da ciência ao publicar uma obra fundamental denominada Sobre a origem das espécies. As idéias-chave da teoria de Darwin são as da “luta pela sobrevivência” e a da “seleção natural”. Assim, a história dos seres vivos nada mais é do que o resultado de uma guerra entre as várias espécies animais e inclusive entre indivíduos da mesma espécie. Ao final dessa competição, sobrevivem apenas os mais fortes e os mais adaptados ao ambiente, processando-se, portanto, uma seleção natural através da qual os organismos vitoriosos evoluem de estruturas simples a outras de maior complexidade orgânica. A teoria darwinista escandalizou a Europa porque representou um golpe terrível na concepção religiosa de então, centrada na idéia de que a Bíblia seria um livro rigorosamente histórico e documental. Naquela época, a grande maioria das pessoas acreditava que a humanidade começara com Adão e Eva, Noé vagara numa arca pela terra inundada, Jonas sobrevivera três dias no ventre de uma grande baleia, e o mundo, desde a criação divina, não alcançara ainda sessenta séculos, etc. As idéias de Darwin abalaram profundamente as concepções religiosas e filosóficas então vigentes. De repente, o homem já não era mais o centro da criação. Ele descendia de ancestrais primitivos e animalescos, e assim passava a ser visto apenas como uma estrutura orgânica tornada mais apta pelo acaso, pelo ambiente e pela luta da sobrevivência. AUGUSTO COMTE A evolução natural deveria ter uma correspondência na evolução da sociedade. Vários pensadores rejeitaram a miséria e os horrores das duas revoluções industriais. A indignação moral os levou à criação de utopias, isto é, de sociedades imaginárias, projetadas no futuro, onde a exploração econômica e as diferenças sociais seriam destruídas ou reduzidas significativamente. Augusto Comte acreditava que a vida social pode ser analisada através de um modelo científico. Ele foi o criador da Sociologia. Sua interpretação da história da humanidade, levou-o a considerá-la como um processo permanente de melhoria, passando por estágios inferiores (fase teológica e fase metafísica) até alcançar um patamar superior (fase positiva). Por isto foi denominada Positivismo a doutrina que Comte elaborou entre 1830 a 1854, com ênfase especial no conhecimento propiciado pela observação científica da realidade. Este conhecimento tornaria possível o estabelecimento de leis universais para o progresso da sociedade e dos indivíduos. Comte, porém, abominava tanto a revolução quanto a democracia, vendo nelas apenas o caos e a anarquia. Para ele o “a ordem era a base do progresso social”. Seu modelo positivista de regime é o republicano, mas estruturado sob a forma de uma “ditadura científica”. Homens esclarecidos e da máxima honestidade – verdadeiros sacerdotes do saber (tecnocratas, diríamos hoje) – aconselhariam os ditadores ilustrados e, de certa forma, comandariam as ações do Estado para integrar os mais pobres ao universo social. Entre os postulados positivistas figuram a separação entre o poder religioso e o poder civil, a universalização do ensino primário e a proteção ao proletariado. As idéias de Comte tiveram enorme repercussão no Brasil. Forneceram aos republicanos sul-rio-grandenses e aos jovens oficiais do Exército uma ideologia de mudança sem o risco da desordem. De certa maneira, estas idéias sedimentaram uma linha reformista autoritária iniciada no Rio Grande do Sul, com o governo de Júlio de Castilhos (1893-1900), e continuada pelo Estado Novo (1937-1945) e pelo regime militar (1964-1984). KARL MARX (1818-1883) Karl Marx, filósofo e economista judeu-alemão, foi um dos maiores pensadores revolucionários do século XIX. Suas idéias, no entanto, só alcançaram grande ressonância no século XX, após a revolução que criou a União Soviética. Para ele, as lutas sociais decorriam da revolução industrial na Europa e do conflito entre o burguês e o proletário. A história da humanidade sempre fora marcada pela luta de classes cuja intensidade variava com o tempo. Na Antigüidade clássica, por exemplo, ela se dava pelo permanente confronto entre os senhores e os escravos. Já na Idade Média, o conflito entre as classes evidenciava-se no esforço dos servos e dos vilãos para se emanciparem do domínio que os senhores feudais exerciam sobre eles. Marx tinha uma visão otimista do destino da humanidade. Acreditava que a batalha final, travada entre os capitalistas e os operários, seguramente levaria à vitória desses últimos, que representavam a maioria da sociedade. A partir de então se constituiria um mundo ideal onde todas as diferenças de classe desapareceriam e o império da igualdade entre os homens finalmente triunfaria. Com essa revolução social, escreveu ele ao encerrar O manifesto comunista, em 1848, “os proletários nada têm nada a perder a não ser seus grilhões. E têm um mundo a ganhar.” Como cientista social, a maior contribuição de Karl Marx foi seu estudo sobre o funcionamento da sociedade capitalista, cujo primeiro volume, intitulado O capital, surgiu em 1867, o único publicado em vida. Iniciando pela análise da produção das mercadorias, Marx realiza uma impressionante descrição do sistema capitalista, sua evolução e suas transformações. Segundo ele, o capitalismo era um sistema historicamente datado e, portanto, sujeito a desaparecer no tempo. Sua existência, tal como sucedera com o escravismo e o feudalismo, chegaria ao fim com uma grande crise, uma espécie de catástrofe geral da economia e das instituições. A previsão de Marx era a de que a falência do capitalismo ocorreria nos países mais industrializados da Europa. Paradoxalmente, a concepção marxista veio a triunfar na Rússia e na China, países rurais e atrasados.

O século das LUZES - Século XVIII


ILUMINISMO E A CIÊNCIA "Nos séculos XVII e XVIII, enquanto as idéias iluministas se espalhavam pela Europa, uma febre de novas descobertas e inventos tomou conta do continente. O avanço científico dessa época colocou à disposição do homem informações tão diferentes quanto a descrição da órbita dos planetas e do relevo da Lua, a descoberta da existência da pressão atmosférica e da circulação sangüínea e o conhecimento do comportamento dos espermatozóides. A Astronomia foi um dos campos que deu margem às maiores revelações. Seguindo a trilha aberta por estudiosos da Renascença, como Copérnico, Kepler e Galileu, o inglês Isaac Newton (1642.1727) elaborou um novo modelo para explicar o universo. Auxiliado pelo desenvolvimento da Matemática, que teve em Blaise Pascal (1623.1662) um de seus maiores representantes, ele ultrapassou a simples descrição do céu, chegando a justificar a posição e a órbita de muitos corpos siderais. Além disso, anunciou ao mundo a lei da gravitação universal, que explicava desde o movimento de planetas longínquos até a simples queda de uma fruta. Newton foi ainda responsável por avanços na área do cálculo e pela decomposição da luz, mostrando que a luz branca, na verdade, é composta por sete cores, as mesmas do arco-íris. Tanto para o estudo dos corpos celestes como para a observação das minúsculas partes do mundo, foi necessário ampliar o campo de visão do homem. Os holandeses encarregaram-se dessa parte, descobrindo que a justaposição de várias lentes multiplicava a capacidade da visão humana.

Tal invento possibilitou a Robert Hooke (1635-1703)

construir o primeiro microscópio, que ampliava até 40 vezes pequenos objetos (folhas, ferrões de abelha, patas de insetos). Esse cientista escreveu um livro sobre suas observações e criou o termo célula, hoje comum em Biologia. As primeiras experiências com a então recém-descoberta eletricidade demonstraram que o corpo humano é um bom condutor elétrico, O menino suspenso por cordas Isolantes recebe estímulos elétricos nos pés, os quais são transmitidos à outra criança (à esquerda), a quem esta dando a mão. A Biologia progrediu também no estudo do homem, com a identificação dos vasos capilares e do trajeto da circulação sanguínea. Descobriu-se também o princípio das vacinas — a introdução do agente causador da moléstia no organismo para que este produza suas próprias defesas. Na Química, a figura mais destacada foi Antoine Lavolsier (1743-1794), famoso pela precisão com que realizava suas experiências. Essa característica auxiliou-o a provar que, “embora a matéria possa mudar de estado numa série de reações químicas, sua quantidade não se altera, conservando-se a mesma tanto no fim como no começo de cada operação”. Atribuiu-se a ele igualmente a frase: “Na natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma”. Além dos nomes citados, houve muitos outros inventores e estudiosos que permitiram, por exemplo, a descoberta da eletricidade; a invenção da primeira máquina de calcular; a formulação de uma teoria, ainda hoje aceita, para explicar a febre; a descoberta dos protozoários e das bactérias. Surgiu mesmo uma nova ciência — a Geologia —, a partir da qual se desenvolveu uma teoria que explicava a formação da Terra, refutando a versão bíblica da criação do mundo em sete dias. Desenho esquemático do microscópio de Robert Hooke. Tendo herdado o espírito curioso e indagador dos estudiosos renascentistas, os pesquisadores dos séculos XVII e XVIII construíram teorias e criaram inventos, em alguns casos posteriormente contestados pela evolução da ciência. Sua importância, entretanto, é inegável, tendo sido fundamental para os progressos técnicos que culminaram na Revolução Industrial. " LAVOISIER Lavoisier nasceu a 26 de Agosto de 1743 em Paris e faleceu em 8 de Maio 1794, também em Paris. A química moderna assim explica: há uma combinação das substâncias e não uma decomposição. Contudo, esse ponto era ignorado pela Ciência de antes do século XVII, que dava maior ênfase aos aspectos qualitativos, desprezando as quantidades. Considerado o pai da Química, Antoine Lavoisier foi o primeiro a observar que o oxigênio, em contato com uma substância inflamável, produz a combustão. Deduziu, também, baseado em reações químicas, a célebre lei da conservação da matéria: "Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma" .Com outros estudiosos, Lavoisier tentou ainda encontrar uma linguagem própria para a química. Em 1773, colocou um metal dentro de um vaso, fechou-o hermeticamente e, por pesagem, determinou-lhe a massa. Depois, levou-o a um forno de alta temperatura, e em seguida pesou-o novamente. Não houvera alteração de massa, apesar de o metal ter-se combinado com o oxigênio do ar, formando um óxido. Repetiu a experiência muitas vezes, provocou outras reações, medindo sempre com balanças a massa das substâncias a serem testadas, e a massa dos produtos obtidos. Concluiu que a massa das substâncias que entram numa reação química é sempre igual à das substâncias que resultam do processo. Nada se perde e nada se cria. Estava estabelecido o Princípio da Conservação da Massa. Muito mais tarde, em 1905, Einstein mostrou que a energia possui, como a matéria, a propriedade da inércia ou massa. Conforme concluíra Lavoisier, ao nível das reações químicas a matéria não desaparece: apenas se transforma.