quinta-feira, 18 de março de 2010

CIÊNCIA MODERNA

Galileu Galilei
Já estudamos o período do Renascimento e conhecemos a profundidade das transformações ocorridas na Europa entre os séculos 15 e 17. Além das mudanças no comércio, arte e religião, a natureza mística descrita pelos pensadores medievais deu lugar a uma visão mais racionalista e mecanicista do mundo. Explicar como tantas inovações se articularam e qual sua importância para a formação do pensamento dos cientistas modernos - Das máquinas do mundo ao universo-máquina . A história da ciência é um processo integrado às múltiplas dimensões da realidade renascentista e mostra como arte, economia e religião, por exemplo, influíram na consolidação das idéias que geraram a ciência da modernidade. Das grandes navegações ao advento da perspectiva nas representações artísticas, o desenvolvimento de novas técnicas atendeu a demandas práticas -- localizar uma caravela no oceano, lutar contra correntes marítimas e ventos contrários, projetar e construir novas catedrais... O universo passou a ser concebido como máquina, sobretudo a partir das inovações na astronomia -- trazidas por Copérnico, Tycho Brahe, Kepler, Galileu e Newton -- que colocaram em xeque a idéia de perfeição do mundo celeste. Com Descartes, também o funcionamento do corpo humano e de outros animais foi associado às máquinas cada vez mais presentes no cotidiano dos europeus. A investigação científica passou então a ser caracterizada pela experimentação e pela observação metódica da natureza, viabilizada pela matemática. As novas teorias, porém, não emergiram de forma simples. Os escritos dos principais fundadores da ciência moderna estão repletos de controvérsias e buscam ajustar visões antagônicas sobre o funcionamento do mundo. Além disso, ao contrário do saber dos alquimistas da Idade Média, a ciência moderna nasceu e se desenvolveu acompanhada de um amplo processo de divulgação: "era necessário ganhar adeptos e espalhar as novas idéias". Novas técnicas de reprodução de livros, como a imprensa desenvolvida por Gutenberg, assumiram a missão e representaram ainda o fim do monopólio da Igreja sobre os saberes, já que as novas editoras estavam nas mãos de leigos e publicavam trabalhos não só em latim, mas também nas línguas locais. Bacon, Galileu e Descartes foram os principais pilares da fundação da Ciência Moderna. Bacon (1561-1626) – Segundo Bacon, para passar de dominado a dominador da Natureza o homem deve conhecer as leis da Natureza por métodos comprovados através de experimentos. Bacon formulou a teoria da indução, que serve para descrever minunciosamente os cuidados, técnicas e procedimentos para investigação dos processos naturais. A máxima baiconiana é: “Saber é poder”. Galileu (1564-1642) - No pensamentode Galileu a nova ciência constitui-se pela utilização do método lógico-matemático, onde tudo pode ser medido, quantificado e matematizado, afastando todos os elementos subjetivos como: desejos, cores, sabores, e odores. Sua máxima é: “O livro da Natureza está escrito em caracteres matemáticos”. Descartes (1596-1650) - O criador do método cartesiano, propôs quatro regras básicas capaz de conduzir o espírito a verdade. 1) Evidenciar – O objeto deve ser exposto com clareza e evidência; 2) Decompor – Deve dividir-se em tantas partes quantas forem necessárias; 3) Ordenar – Deve partir-se dos problemas mais simples para os mais complexos; 4) Revisar – Deve fazer verificações para certificar-se de que nada esteja errado. Descartes formula ainda os conceitos de res-cogita (pensamento) e res-extensa (matéria). Dessa forma Descartes separa o corpo da alma. Sua máxima é: “Penso, logo existo”.

CIÊNCIA NO RENASCIMENTO

O século XV presenciou o início do florescimento artístico e cultural da Renascença. Em meados do século XIV a redescoberta de textos científicos antigos, que se iniciara no século XII, foi aprimorada com a Queda de Constantinopla. Na mesma época ocorreu a invenção da imprensa, que traria grande efeito na sociedade européia ao democratizar o aprendizado e permitir a propagação mais rápida de novas idéias. Mas apesar de seu florescimento artístico, o período inicial da Renascença é geralmente visto como um momento de estagnação nas ciências. Renascença A redescoberta de textos antigos foi aprimorada depois da Queda de Constantinopla, em meados do século XV, quando muitos eruditos bizantinos tiveram que buscar refúgio no ocidente, especialmente na Itália. Esse novo influxo alimentou o interesse crescente dos acadêmicos europeus pelos textos clássicos de períodos anteriores ao esfacelamento do Império Romano do Ocidente. No século XVI já existe, paralelamente ao interesse pela civilização clássica, um menosprezo pela Idade Média, que passou a ser cada vez mais associada a expressões como "barbarismo", "ignorância", "escuridão", "gótico", "noite de mil anos" ou "sombrio". Desse modo, o humanismo renascentista rompeu com a visão teocêntrica e com a concepção filosófico-teológica medieval. Agora conceitos como a dignidade do ser humano passam a estar em primeiro plano. Por outro lado, esse humanismo representa também uma ruptura com a importância que vinha sendo dada às ciências naturais desde a (re)descoberta de Aristóteles, no chamado Renascimento do Século XII. Apesar do florescimento artístico, o período inicial da Renascença é geralmente visto como um momento de estagnação nas ciências. Há pouco desenvolvimento de disciplinas como a física e astronomia. O apego aos escritos antigos tornam as visões Ptolomaica e Aristotélica do universo ainda mais enraizadas. Em contraste com a escolástica, que supunha uma ordem racional da natureza na qual intelecto poderia penetrar, o chamado naturalismo renascentista passava a ver o universo como uma criação espiritual opaca à racionalidade e que só poderia ser compreendida pela experiência direta. Ao mesmo tempo, a filosofia perdeu muito do seu rigor quando as regras da lógica passaram a ser vistas como secundárias ante a intuição ou a emoção. Por outro lado, a invenção da imprensa, que ocorrera simultaneamente à Queda de Constantinopla, teria grande efeito na sociedade européia. A disseminação mais fácil da palavra escrita democratizou o aprendizado e permitiu a propagação mais rápida de novas idéias. Entre essas idéias estava a álgebra, que havia sido introduzida na Europa por Fibonacci no século XIII, mas só se popularizou ao ser divulgada na forma impressa. Essas transformações facilitaram o caminho para a Revolução científica, mas isso só ocorreria depois do movimento Renascentista ter chegado ao norte da Europa, com figuras como Copérnico, Francis Bacon e Descartes. Foram essas figuras que levaram adiante os avanços iniciados pelos sábios da Idade Média, mas estes personagens já são muitas vezes descritos como pensadores pré-iluministas, ao invés de serem vistos como parte do renascimento tardio. fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAncia_no_Renascimento

sábado, 13 de março de 2010

Os Árabes e suas contribuições para a Ciência e Medicina

Falar da Ciência dos Árabe é um assunto extremamente fascinante. Trata-se de uma história de
paixão pelo conhecimento e pelo saber que possibilitou avanços importantes para o mundo da
ciência em todos os níveis e dos quais nos beneficiamos até os dias atuais.
Embora seja um fato histórico concreto que a Civilização Árabe contribuiu para o mundo
civilizado e para a civilização moderna e contemporânea, pouco se fala sobre os seus feitos. Os
árabes existem há pelo menos 4000 anos, embora alguns historiadores defendam que seja muito
mais do que isso. Mas foi a partir do século VII, com advento do Islam, que tem início uma
idade de grande expansão e aperfeiçoamento da língua árabe e da ampliação do conhecimento a
partir do idioma. Devido à expansão geográfica feita neste período, os árabes entram em contato
com diversas culturas como a grega, a hindu, a chinesa, a bizantina e a persa. A partir disso,
passam a conhecer os escritos e verte-los para o árabe, aperfeiçoando-se na técnica de tradução e
divulgação do conhecimento. Neste momento, um grande processo de intercâmbios entre as
diversas culturas passa a ocorrer e os árabes foram não só os grandes propagadores mas também
os grandes catalisadores das transformações científicas que se seguiram



Ao longo de 4 séculos um ambiente de enorme estímulo intelectual prevaleceu e se ampliou e foi
neste período que inúmeras descobertas ocorrem, entre as quais se destacam:

1. Matemática e Álgebra – com o desenvolvimento dos algarismos, do conceito de zero e do
sistema decimal, da prática do cálculo, da álgebra, das equações trigonométricas e da aritmética.
Dentre os grandes sábios destacam-se Al-Kwarismi (de onde vem a palavra algarismo), Ibn al-
Haytam, al-Biruni entre outros tantos;

2. Astronomia – são recuperados os conhecimentos dos gregos antigos e desenvolvidas técnicas
e instrumentos sofisticados de orientação (astrolábios e observatórios), determinação do tempo e
modelos planetários;

3. Geografia – conhecimento da geografia humana e cartografia;

4. Física – desenvolvimento da hidrostática, da óptica, da mecânica;

5. Arquitetura e artes decorativas – Desenvolvimento de construções e elementos geométricos de
grande sofisticação;

6. Química – a partir de experimentos práticos desenvolveram o sabão, elementos cosméticos
como a água de rosas (a partir de técnicas de destilação) e do vinagre (a partir de técnicas de
fermentação). Devido a uma busca incessante pelo elixir da vida, do medicamento milagroso que
poderia curar todos os males.

CIÊNCIA ROMANA

Ciências e tecnologia

O desenvolvimento que os romanos alcançaram nas ciências foi bastante limitado e sofreu marcante influencia dos gregos. A medicina somente passou a ter um caráter científico depois que os primeiros médicos gregos se estabeleceram em Roma; a matemática e a geometria que os romanos conheceram também não alcançaram progresso significativo.

Na astronomia, as noções alcançadas pelos romanos também não ultrapassaram aquelas herdadas da Grécia. Eles sabiam da existência de cinco planetas e tinham idéias não muito precisas a respeito do movimento da Lua em torno da Terra. Seus conhecimentos astronômicos permitiram que, no tempo de César (em 46 a.C.), fosse elaborado um novo calendário – o calendário Juliano – que sobreviveu até os fins do século XVI (1582), sendo substituído pelo calendário gregoriano, devido ao papa Gregório XIII. Esse calendário, que não é muito diferente do Juliano, foi adotado porque os astrônomos descobriram algumas inexatidões no antigo calendário romano.

A medição do tempo, para os romanos, apresentava dificuldades que somente puderam ser superadas séculos mais tarde. Os dias eram divididos em 24 horas (12 diurnas, 12 noturnas). Os relógios existentes mostravam as horas pelo deslocamento da sombra em relação à posição do Sol durante o dia.

Os romanos numeravam as horas contando-as a partir do nascer do Sol. Assim, o clarear do dia acontecia na primeira hora; a sexta-hora correspondia ao meio-dia; a nona hora equivalia ao meio da tarde, e assim por diante.

Os dias dos meses foram divididos em fastos e nefastos. Dias fastos eram considerados inteiramente favoráveis; nefastos, os dias negativos para algumas atividades, como as comerciais (por exemplo, o comércio não podia funcionar naqueles dias).

Os primeiros dias do mês eram denominados calendas; os dias 5 e 7 chamavam-se nonas; e os dia 13 e 15 recebiam o nome de dos. Eram considerados de má sorte os meses de março, maio e metade de junho.

A geografia entre os romanos foi inteiramente baseada nos ensinamentos aprendidos dos gregos, e a cartografia limitou-se ao conhecimento e à elaboração de itinerários; mapas rudimentares que indicavam, unicamente, os percursos que ligavam diferentes lugares do império.

Na história, os romanos limitavam-se à narração dos fatos acontecidos em épocas determinadas. Os historiadores procuravam, ainda, destacar um sentido moral, extraído dos episódios estudados. Entre os historiadores romanos, tiveram destaque Tito Lívio, Tácito e Suetônio.

Foi na ciência do direito que se revelou o gênio dos romanos antigos. Em 450 a.C., ocorreu a promulgação da Lei das Doze Tábuas, o primeiro código escrito de leis elaborado em Roma. Durante quase um milênio, a partir daquela data, o direito romano sofreu uma evolução contínua, cujo apogeu foi marcado pela elaboração do Código de Justiniano, em 535 d.C., quando o Império do Ocidente já havia sido invadido pelos bárbaros.

A BIBLIOTECA DE ALEXANDRIA - O CORAÇÃO DA HUMANIDADE

O imenso arquivo de livros considerados 'perigosos', como as obras de Bérose que relatavam seus encontros com extraterrestres ou 'Sobre o feixe de luz', provavelmente a primeira obra sobre discos voadores, os livros secretos que davam poder ilimitado, os segredos da alquimia....tudo desapareceu

A cidade foi fundada, como seu nome o diz, por Alexandre, o Grande , entre 331 e 330 a.C.

The Alexandria Monument Gallery ma fantástica coleção de saber foi definitivamente aniquilada pelos árabes em 646 da era cristã. Antes disso muitos ataques foram destruindo aos poucos esse monumento. Alexandria foi a primeira cidade do mundo totalmente construida em pedra. A biblioteca compreendia dez grandes salas e quartos separados para os consultantes. Discute-se, ainda, a data de sua fundação, por Demétrios de Phalére. Desde o começo, ele agrupou setecentos mil livros e continuou aumentando sempre esse número. Os livros eram comprados às expensas do rei. Demétrios foi o primeiro ateniense a descolorir os cabelos, alourando-os com água oxigenada. Depois foi banido de seu governo e partiu para Tebas. Lá escreveu um grande número de obras, uma com o título estranho: 'Sobre o feixe de luz no céu', que é provavelmente, a primeira obra sobre discos voadores. Demétrios tornou-se célebre no Egito como mecenas das ciências e das artes, em nome do rei Ptolomeu I . Ptolomeu II continuou a interessar-se pela biblioteca e pelas ciências, sobretudo a zoologia. Nomeou como bibliotecário a Zenodotus de Éfeso, nascido em 327 a.C., e do qual ignoram as circunstâncias e data da morte. Depois disso, uma sucessão de bibliotecários , através dos séculos, aumentou a biblioteca, acumulando pergaminhos, papiros, gravuras e mesmo livros impressos, se formos crer em certas tradições. A biblioteca continha portanto documentos inestimáveis.

Sabe-se que um bibliotecário se opôs, violentamente ,à primeira pilhagem da biblioteca por Júlio César, no ano 47 a.C., mas a história não tem o seu nome. O que é certo é já na época de Júlio César, a biblioteca de Alexandria tinha a reputação corrente de guardar livros secretos que davam poder praticamente ilimitado. Quando Júlio César chegou a Alexandria a biblioteca já tinha pelo menos setecentos mil manuscritos. Os documentos que sobreviveram dão-nos uma idéia precisa. Havia lá livros em grego. Evidentemente, tesouros: toda essa parte que nos falta da literatura grega clássica. Mas entre esses manuscritos não deveria aparentemente haver nada de perigoso. Ao contrário , o conjunto de obras de Bérose é que poderia inquietar.

Sacerdote babilônico refugiado na Grécia, Bérose nos deixou de um encontro o relato com os extraterrestres: os misteriosos Apkallus, seres semelhantes a peixes, vivendo em escafandros e que teriam trazido aos homens os primeiros conhecimentos científicos. Bérose viveu no tempo de Alexandre, o Grande, até a época de Ptolomeu I. Foi sacerdote de Bel-Marduk na babilônia. Era historiador, astrólogo e astrônomo. Inventou o relógio de sol semicircular. Fez uma teoria dos conflitos entre os raios dos Sol e da Lua que antecipa os trabalhos mais modernos sobre interferência da luz.



A ofensiva seguinte, a mais séria contra a livraria, foi feita pela Imperatriz Zenóbia . Ainda desta vez a destruição não foi total, mas livros importantes desapareceram. Conhecemos a razão da ofensiva que lançou depois dela o Imperador Diocleciano ( 284--305 d.C. ). Diocleciano quis destruir todas as obras que davam os segredos de fabricação do ouro e da prata. Isto é, todas as obras de alquimia. Pois ele pensava que se os egipcios pudessem fabricar à vontade o ouro e a prata, obteriam assim meios para levantar um exército e combater o império. Diocleciano mesmo filho de escravo, foi proclamado imperador em 17 de setembro de 284. Era ao que tudo indica, perseguidor nato e o último decreto que assinou antes de sua abdicação em maio de 305, ordenava a destruição do cristianismo. Diocleciano foi de encontro a uma poderosa revolta do Egito e começou em julho de 295 o cerco à Alexandria. Tomou a cidade e nessa ocasião houve um massacre. Entretanto, segundo a lenda, o cavalo de Diocleciano deu um passo em falso ao entrar na cidade conquistada e Diocleciano interpretou tal acontecimento como mensagem dos deuses que lhe mandavam poupar a cidade.

A tomada de Alexandria foi seguida de pilhagens sucessivas que visavam acabar com os manuscritos de alquimia. E todos manuscritos encontrados foram destruidos . Eles continham as chaves essenciais da alquimia que nos faltam para a compreensão dessa ciência, principalmente agora que sabemos que as transmutações metálicas são possíveis. Seja como for, documentos indispensáveis davam a chave da alquimia e estão perdidos para sempre: mas a biblioteca continuou.

Apesar de todas as destruições sistemáticas que sofreu , ela continuou sua obra até que os árabes a destruissem completamente. E se os árabes o fizeram, sabiam o que faziam. Já haviam destruido no prórpio Islã - assim como na Pérsia - grande número de livros secretos de magia, de alquimia e de astrologia. A palavra de ordem dos conquistadores era "não há necessidade de outros livros, senão o Livro", isto é , o Alcorão. Assim , a destruição de 646 d.C. visava não propriamente os livros malditos, mas todos os livros.

O historiador muçulmano Abd al-Latif (1160-1231) escreveu: "A biblioteca de Alexandria foi aniquilada pelas chamas por Amr ibn-el-As, agindo sob as ordens de Omar, o vencedor". Esse Omar se opunha aliás a que se escrevessem livros muçulmanos, seguindo sempre o princípio: "o livro de Deus é-nos suficiente". Era um muçulmano recém-convertido, fanático, odiava os livros e destruiu-os muitas vezes porque não falavam do profeta. É natural que terminasse a obra começada por Julio César, continuada por Diocleciano e outros.

Fonte: http://www.fenomeno.matrix.com.br/

CIÊNCIA HELENÍSTICA

O período conhecido como helenístico foi um marco entre o domínio da cultura grega e o advento da civilização romana. Os sopros inspiradores da Grécia se disseminaram, nesta época, por toda uma região exterior conquistada por Alexandre Magno, rei da Macedônia. Com suas investidas bélicas ele incorporou ao universo grego o Egito, a Pérsia e parte do território oriental, incluindo a Índia.

Neste momento desponta algo novo no cenário mundial, uma cultura de dimensão internacional, na qual se destacam a cultura e o idioma grego. Esta era tem a duração de pelo menos trezentos anos, encontrando seu fim em 30 a.C., com a invasão do Egito pelos romanos.


Alexandre Magno
O período helenístico é caracterizada principalmente por uma ascensão da ciência e do conhecimento. A cultura essencialmente grega se torna dominante nas três grandes esferas atingidas pelo Helenismo, a Macedônia, a Síria e o Egito. Mais tarde, com a expansão de Roma, cada um desses reinos será absorvido pela nova potência romana, dando espaço ao que historicamente se demarca como o final da Antiguidade. Antes disso, porém, os próprios romanos foram dominados pelos gregos, submetidos ao Helenismo, daí a cultura grega ser depois perpetuada pelo Império Romano.

Agora não havia mais limites entre os diferentes territórios, as diversas culturas e religiões. Antigamente cada povo cultuava seus próprios deuses, mas com a difusão da cultura grega tudo se transforma em um grande caldeirão sincrético, no qual misturam-se as mais variadas visões religiosas, filosóficas e científicas. Alexandria era o grande centro da cultura helenística, especialmente no campo das artes e da literatura.

Entre os alexandrinos floresceram as mais significativas edificações culturais deste período – o Museu, que englobava o Jardim Botânico, o Zoológico e o Observatório Astronômico; e a famosa biblioteca de Alexandria, que abrigava pelo menos 200.000 livros, salas nas quais os copistas trabalhavam ativamente e oficinas direcionadas para a confecção de papiros. Outro núcleo cultural importante foi o de Antioquia, capital da Síria, localizado próximo à foz do rio Orontes, em pleno Mediterrâneo.

A era helenística conheceu o incrível progresso da história, com destaque para Polibius; a ascensão da matemática e da física, campos nos quais surgem Euclides e Arquimedes; o desenvolvimento da astronomia, da medicina, da geografia e da gramática. A literatura conhece o apogeu com o poeta Teocritus, que prepondera especialmente na poesia idílica e bucólica.

Na filosofia despontaram quatro correntes filosóficas voltadas para a descoberta da fórmula da felicidade: os cínicos, que cultivavam a idéia de que ser feliz dependia de se liberar das coisas transitórias, até mesmo das inquietações com a saúde; os estóicos e os epicuristas, que acreditavam em um individualismo moral; e o neoplatonismo, movimento mais significativo desta época, inspirado pelos pré-socráticos Demócrito e Heráclito.

Nas artes sobressaíram alguns clássicos da Era Antiga, como a Vênus de Milo, Vitória de Samotrácia e o grupo do Laocoonte. Religiosamente pode-se dizer que o Helenismo era a contraposição pagã à nova religião que dominaria o cenário histórico a partir da preponderância de Roma, o Cristianismo.

Leia também:

1.Alexandre Magno e a Cultura Helenística


Fontes:

http://www.fontedosaber.com/historia/helenismo-ou-periodo-helenico.html

CIÊNCIA GREGA

Até o final do século VII a.C., da mesma forma que os demais povos da Antiguidade, os gregos explicavam os fenômenos da Natureza em termos de Mitologia e de Religião; na Grécia, a especulação científica emergiu, aos poucos, da Filosofia.

Os primeiros "cientistas" conhecidos, em certa medida, foram os primeiros filósofos gregos, os filósofos pré-socráticos. Embora não tivessem instrumentos adequados de medida e nem fizessem experiências para comprovar suas idéias, como os cientistas modernos, eles preocuparam-se em achar explicações racionais para o mundo e seus fenômenos sem recorrer aos mitos e à religião.

Entre o final do século V a.C. e a primeira metade do século IV a.C., época de Sócrates (469-399 a.C.) e Platão (427-347 a.C.), o interesse dos cientistas pelos fenômenos naturais foi substituída pelo interesse no comportamento humano e suas causas. A única ciência que se desenvolveu nessa época foi a Medicina, que logo conseguiria se desvincular da Filosofia.

Os cientistas
Na época do Liceu, estabelecimento fundado por Aristóteles (384-322 a.C.), a Ciência voltou a receber a atenção dos intelectuais gregos: Aristóteles e Teofrasto (371-287 a.C.) podem ser considerados os mais remotos precursores da ciência moderna. Aristóteles parece ter sido o primeiro grego a compreender a necessidade da observação atenta e minuciosa, e algumas de suas descobertas a respeito dos animais são válidas até hoje.

A partir do século III a.C., com Arquimedes (287-212 a.C.), a ciência grega recebeu seu maior impulso, e a partir do século I a.C. a necessidade da experimentação para o desenvolvimento da Ciência já estava razoavelmente bem estabelecida. No Período Greco-Romano a ciência grega se desenvolveu ainda mais e adquiriu grande prestígio: alguns conceitos da Matemática e da Astronomia, por exemplo, perduraram durante toda a Idade Média e início do Renascimento.

Eis os principais cientistas gregos e os ramos da Ciência a que se dedicaram:

Eudoxo de Cnido
400-347 a.C. Matemática, Astronomia

Aristóteles
384-322 a.C. Zoologia

Teofrasto
371-287 a.C. Botânica

Aristarco de Samos
310-230 a.C. Matemática, Astronomia

Euclides
c. 300 a.C. Matemática

Arquimedes
287-212 a.C. Matemática, Astronomia, Engenharia

Ctesíbio
c. 270 a.C. Física, Engenharia

Hiparco de Nicéia
190-126 a.C. Matemática, Astronomia

Apolônio de Perga
séc. II a.C. Matemática, Astronomia

Heron
c. 62 d.C. Matemática, Engenharia

Cláudio Ptolomeu
100-170 d.C. Astronomia, Matemática, Física

Diofanto de Alexandria
séc. II-III d.C. Matemática

Os médicos e a medicina
Na segunda metade do século V a.C. a medicina já era uma profissão respeitada, praticada em consultórios. Não era requerida, no entanto, nenhuma qualificação formal, e ao lado de médicos sérios proliferavam muitos charlatães. Os melhores médicos eram provenientes de dois importantes e influentes centros de Medicina, as "escolas" de Cnido, na península anatólica, e de Cós, numa ilha próxima da costa da Ásia Menor.

Na época de Hipócrates de Cós (460-380 a.C.), a medicina consolidou-se definitivamente não só como uma ciência, mas também como arte. Uma coleção de mais de sessenta textos médicos, a Coleção Hipocrática, atribuída por tradição a Hipócrates, mostra o grande impulso recebido pela Medicina em todos os seus aspectos: mecanismo das doenças, diagnóstico, prognóstico, tratamento em bases racionais, ética médica. Um dos escritos mais famosos da Coleção é o Juramento, pronunciado em versão resumida até hoje pelos médicos ocidentais em sua formatura.

No século III a.C., com a prática da dissecação, os médicos Herófilo e Erasístrato (c. 270 a.C.) fizeram avanços no conhecimento da anatomia humana que viriam a ser ultrapassados somente na época da Renascença. No Período Greco-Romano destacaram-se os médicos Dioscorides (c. 50-70 d.C.), que escreveu um famoso tratado sobre plantas medicinais e medicamentos de origem mineral, e Galeno (129-204 d.C.), que escreveu numerosos tratados médicos.

Cumpre assinalar, finalmente, que apesar de todo o progresso científico obtido pelos médicos, Asclépio, o deus grego da Medicina, nunca perdeu a popularidade. Relatos de curas miraculosas em seus templos da cura mantiveram vivo o prestígio dessa antiga forma de medicina alternativa durante toda a Antiguidade.



CIÊNCIA EGIPCIA

A Civilização Egípcia


Uma das civilizações mais importantes da história Antiga. Desenvolveu-se na região do Crescente Fértil, mais exatamente no nordeste da África, uma região caracterizada pela existência de desertos e pela vasta planície do rio Nilo. A parte fértil do Egito é praticamente um oásis muito alongado, proveniente das aluviões depositadas pelo rio. Nas montanhas centrais africanas, onde o Nilo nasce, caem abundantes chuvas nos meses de junho a setembro provocando inundações freqüentes nas áreas mais baixas ( O “Baixo Nilo”). Com a baixa do Nilo o solo libera o humo, fertilizante natural que possibilita o incremento da agricultura. Para controlar as enchentes e aproveitar as áreas fertilizadas, os egípcios tiveram de realizar grandes obras de drenagem e de irrigação, com a construção de açudes e de canais , o que permitiu a obtenção de várias colheitas anuais.

Dada esta característica natural, o historiador grego Heródoto de halicarnasso dizia que “O Egito é uma dádiva do Nilo”. Leitura preconceituosa, que tende a desprezar o empenho, o denodo e a competência técnica da civilização egípcia que aprendeu a utilizar as cheias e vazantes do rio a seu favor.

O Egito, inicialmente, estava dividido num grande número de pequenas comunidades independentes: os nomos que por sua vez eram liderados pelos nomarcas. Essas comunidades uniram-se e formaram dois reinos: o Alto e o Baixo Egito. Por volta de 3200 a.C., o rei do Alto Egito, Menés, unificou os dois reinos. Com ele nasceu o Estado egípcio unificado, que se fortaleceu durante seu governo com a construção de grandes obras hidráulicas, em atendimento aos interesses agrícolas da população. Menés tornou-se o primeiro faraó e criou a primeira dinastia.


Arte


A principal arte desenvolvida no Egito Antigo foi a arquitetura. Marcada pela religiosidade, a arquitetura voltou-se para a construção de belos e grandes templos, como os templos de Karnac, Luxor e Abu-Simbel, e de gigantescas pirâmides como as de Quéops, Quéfren e Miquerinos. A escultura atingiu o auge com a construção de monumentos de grandes estátuas de faraós. A escrita egípcia, conhecida como hieroglífica, foi criada no período pré-dinástico e era monopólio e privilégio dos sacerdotes e dos escribas. Ao longo do tempo, surgiram no Egito dois outros tipos de escrita: a escrita hierática e a demótica. A hierática foi uma simplificação da hieroglífica, mas seu uso ligava-se ainda a religião e ao poder, e a demótica era a escrita popular.



Ciência


No campo das ciências os egípcios desenvolveram principalmente a aritmética, a astronomia e a medicina. A ciência procurava resolver problemas práticos, como controle das inundações, construção do sistema hidráulico, preparação da terra, combate as doenças etc. Preocupados com os fenômenos da natureza, os egípcios ao desenvolver a astronomia, criaram um calendário baseado no movimento do sol. Por esse calendário, o ano era dividido em 12 meses de 30 dias e mais 5 dias de festas, que eram adicionados no final para completar os 365 dias anuais.

CIÊNCIA PRIMITIVA

Nossos ancestrais já sabiam de diversas relações entre o tamanho do cabo e o peso do percutor para que um martelo pudesse, ou quebrar pedrasduríssimas, ou talhar uma colher de madeira; já usavam contrapesos para controlar o impacto e a direção dos golpes e usavam espécies de amortecedores para aproveitar os estilhaços da pedra.


Medicina Primitiva

O médico primitivo certamente empregava medicamentos feitos com produtos de origem animal ou vegetal.

Um dos mais surpreendentes aspectos do tratamento de saúde primitivo foi a prática da trepanação, operação que consiste em perfurar o crânio. Qual seriia a razão dessa prática? É difícil responder; talvez para aliviar a pressão causada por choques ou, possivelmente, para permitir a saída dos espíritos do mal.



A trepanação, bem como outras cirurgias simples, abririam caminho para o conhecimento do interior do corpo.

A transformação do conhecimento do homem daquilo que hoje chamaríamos ciências biológicas em uma ciência foi, porém, lenta. Durante um longo tempo, ele só conseguiu coligir fatos desconexos e, vez por outra, juntar algumas indicações detalhadas, mas a reunião de tudo isso em um esquema coerente de conhecimento era outro problema. Havia tantas variações, mesmo em animais e vegetais da mesma espécie, que se tornava difícil a sua catalogação racional.

E no mundo da física?

As coisas foram bem diferentes. Nesse campo, a observação de causa e efeito era bem mais fácil, e encontrar uma idéia subjacente que pudesse ser aplicada a uma grande variedade de casos não era tarefa muito complicada. A idéia do número é um exemplo.

Os homens primitivos não tinham necessidade de contar, pois o que necessitavam para a sua sobrevivência era retirado da própria natureza. A necessidade de contar começou com o desenvolvimento das atividades humanas, quando o homem foi deixando de ser pescador e coletor de alimentos para fixar-se no solo.


No pastoreio, o pastor usava várias formas para controlar o seu rebanho. Pela manhã, ele soltava os seus carneiros e analisava ao final da tarde, se algum tinha sido roubado, fugido, se perdido do rebanho ou se havia sido acrescentado um novo carneiro ao rebanho. Assim eles tinham a correspondência um a um, onde cada carneiro correspondia a uma pedrinha que era armazenada em um saco.

A correspondência unidade a unidade não era feita somente com pedras, mas eram usados também nós em cordas, marcas nas paredes, talhes em ossos, desenhos nas cavernas e outros tipos de marcação.




Certamente, constatou-se bem cedo que o número pode ser aplicado a uma grande variedade de coisas - a praticamente tudo.

O homem é uma unidade, tem uma boca, um nariz, uma cabeça, um corpo. Também possui dois olhos, dois ouvidos, dois braços, duas pernas. A mão com seu polegar e quatro dedos. Todos juntos, o polegar e os dedos, faziam um cinco. Assim se chegou aos fundmamentos da aritmética.

Inicialmente, houve a idéia de contar: uma idéia abstrata que se podia pensar sem a presença de qualquer objeto material. Podia-se se pensar no um, ou no dois, ou em qualquer número. Além disso, tais "números" pareciam ter suas próprias propriedades. O número um era um componente de todos eles; era universal. O dois também fazia parte de muitos números, em toda a classe dos números "pares". Mas havia também os outros números, os "ímpares", alguns dos quais não eram divisíveis por nenhum outro, exceto pelo um. Estes pareciam constituir números especiais, com uma individualidade única, uma significação aparentemente misteriosa e potente, e não tardou muito para que surgisse uma espécie de magia numérica, uma numerologia mística.





A técnica da aritmética, útil e poderosa, desenvolveu-se a par com a numerologia, e logo os números aumentaram muito além daqueles que podiam ser contados nos dedos dos pés e das mãos

A astronomia talvez tenha sido o primeiro estudo distinto a incorporar a aplicação da matemática. Para se usar o céu como relógio ou calendário, necessitava-se de números.

Não há dúvida de que o homem primitivo olhava para o céu noturno, e deve tê-lo feito ao mesmo tempo com espanto e curiosidade.

A aparência inconstante do c´´eu era algo que cativava a mente e a imaginação do homem primitivo. O lento e o majestoso movimento do céu durante a noite, conduzindo as estrelas de um lado a outro do horizonte, era uma visão extraordinária. Da mesma forma, o movimento da lua, que não apenas se levantava e se punha, mas também mudava de forma. Era também um medidor de tempo, quase ideal. Todos os calendários primitivos eram baseados na lua.



O céu sempre atraiu a imaginação; as crenças inconstantes do homem a respeito dele, o desenvolvimento de suas idéias sobre a natureza do céu constituem um fio que nos guia através do labirinto das diferenças culturais em várias civilizações. E, além disso, as idéias a respeito do céu agem como um espelho, pois refletem as crescentes atitudes científicas do homem, e serão particularmente úteis para nós, à proporção que nossa história for se desenrolando...

VÍDEO









Comente esses vídeos...

O que ele tem a ver com a História da Ciência? A Ciência do PASSADO, do PRESENTE e do FUTURO...

Estamos preparando nossos alunos para explorarem o BURACO BRANCO?